Lideranças do PT na Câmara dos Deputados atuaram intensamente para garantir que a votação do requerimento de urgência do projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio, aprovado na quarta-feira (12), não revelasse os nomes dos parlamentares favoráveis e contrários à proposta. A estratégia visava evitar constrangimentos e "saias justas" às vésperas das eleições municipais, especialmente para deputadas que concorrem a prefeituras e poderiam enfrentar questionamentos delicados durante a campanha.
Essa manobra política, criticada por diversos setores, buscou proteger os candidatos do desgaste político que uma posição explícita sobre o tema controverso poderia causar. O episódio levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade dos parlamentares em decisões de grande impacto social.
Folha de São Paulo