Agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza, denunciaram nesta semana a situação de abandono e precariedade enfrentada durante os plantões no litoral do município, que inclui áreas movimentadas como Pecém, Taíba e Siupé.
Segundo os relatos, os profissionais estão sendo submetidos a escalas de 24 horas sem acesso a estrutura básica de trabalho. Falta local adequado para refeições, descanso, higiene pessoal e até mesmo banheiros. “Não temos um espaço digno para descansar, comer ou sequer usar o banheiro. Estamos abandonados”, desabafou um dos agentes, que preferiu não se identificar por receio de represálias.
A situação tem provocado desgaste físico e emocional nos profissionais, que também enfrentam sobrecarga de trabalho devido ao efetivo reduzido e à ausência de suporte logístico. Segundo os guardas, a sensação é de negligência por parte do poder público em relação à segurança dos servidores e da população.
Além das más condições, os agentes afirmam que há descaso da gestão municipal com a valorização da categoria. “A gente está no litoral, onde o fluxo de turistas é intenso, especialmente nos fins de semana. Mesmo assim, estamos trabalhando sem a mínima estrutura. Isso compromete a segurança e a nossa dignidade como servidores públicos”, destacou outro guarda municipal.
A denúncia lança luz sobre um problema estrutural grave: o despreparo da administração municipal para oferecer condições básicas à Guarda Civil Municipal, uma força que cumpre papel estratégico na proteção da população, no apoio a ações preventivas de segurança e na preservação do patrimônio público.
Enquanto isso, os agentes seguem trabalhando sob forte pressão e sem garantias mínimas para o exercício da função, em pleno cenário de vulnerabilidade nas regiões mais visitadas do município.
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