O uso descontrolado e fora das indicações médicas da tadalafila — princípio ativo originalmente indicado para disfunção erétil e hipertensão pulmonar — tem acendido um sinal de alerta entre autoridades de saúde no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já iniciou uma série de ações rigorosas de fiscalização e não descarta proibir completamente a substância no país, caso o uso indevido continue crescendo.

Em maio de 2025, a Anvisa determinou a proibição da “Metbala”, um produto vendido ilegalmente como bala “pré-treino” à base de tadalafila. Comercializada sem registro, sem prescrição e com dosagem desconhecida, a Metbala vinha sendo amplamente consumida por jovens, sobretudo frequentadores de academias e influenciadores nas redes sociais. A decisão da agência veio após denúncias de efeitos colaterais graves associados ao uso indiscriminado da bala, promovida como um “milagre” para disposição física e desempenho sexual.

Dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF) apontam um crescimento alarmante do consumo da substância: foram mais de 65 milhões de unidades vendidas em 2024, contra apenas 3 milhões em 2015 — um aumento de mais de 2.000% em nove anos. A maior parte desse volume, segundo especialistas, ocorre sem prescrição médica, com inúmeros relatos de automedicação, uso contínuo e combinações perigosas com outras substâncias estimulantes.

Os riscos são sérios: arritmias cardíacas, quedas bruscas de pressão, infartos e até acidentes vasculares cerebrais (AVCs) estão entre os efeitos adversos mais relatados por médicos em atendimentos de emergência. O uso recreativo e sem orientação pode ainda agravar quadros de saúde preexistentes e levar a dependência psicológica.

Diante desse cenário, setores da saúde pública discutem a necessidade de restringir ainda mais o acesso à tadalafila, especialmente nas formas manipuladas, sem controle de qualidade, ou vendidas ilegalmente. A Anvisa estuda novas regulamentações e já sinalizou que, caso a tendência de uso abusivo e marketing irregular continue, poderá tomar medidas mais duras — incluindo a proibição total da substância no território nacional.

A discussão acende um alerta importante para o consumo consciente de medicamentos e a necessidade de maior fiscalização sobre produtos que, embora legalizados, vêm sendo explorados de forma perigosa no mercado informal e nas redes sociais.

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