Com o retorno das aulas na rede municipal e nas escolas particulares de Caucaia, a rotina de estudantes que dependem do transporte público para chegar às instituições de ensino voltou a ser marcada por transtornos. Superlotação, atrasos e a escassez de veículos são alguns dos problemas enfrentados diariamente por alunos e responsáveis neste início do ano.

A situação, que já era crítica, piorou após o contingenciamento de R$ 1 milhão no orçamento mensal destinado ao transporte público. A medida, adotada nos primeiros meses da atual gestão, resultou na redução da frota operada pela empresa responsável pelo serviço, afetando diretamente a capacidade de atender à crescente demanda da população.

Estudantes relatam que, em alguns horários, é praticamente impossível conseguir embarcar nos ônibus. Muitos precisam sair de casa com horas de antecedência ou caminhar longas distâncias para tentar chegar à escola no horário. “A gente já estava esperando a volta do transporte alternativo, mas, ao invés disso, tiraram os ônibus que a gente já tinha. Tá cada vez pior”, reclamou uma estudante da rede municipal.

Entrando no oitavo mês da gestão do prefeito Naumi Amorim (PSD), a expectativa por melhorias no sistema de transporte público permanece frustrada. Durante a campanha eleitoral, uma das promessas era justamente ampliar a frota com a inclusão de transportes alternativos para atender comunidades mais distantes e regiões com difícil acesso. No entanto, até agora, nenhuma medida concreta foi anunciada nesse sentido — e o que se viu foi justamente a redução dos veículos em circulação.

A população cobra respostas da Prefeitura e exige soluções imediatas, especialmente diante do impacto direto na rotina escolar de milhares de jovens caucaiense. A esperança de um transporte público digno, ao que tudo indica, ainda está longe de se tornar realidade.

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