Durante a apresentação da proposta orçamentária para o próximo ano, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou a previsão de que o salário mínimo em 2026 será de R$ 1.630,00. O valor representa um reajuste de R$ 112,00 em relação ao piso atual, de R$ 1.518,00, pago em 2025.

A ministra destacou que, em termos reais (descontada a inflação), este será o maior valor do salário mínimo dos últimos 50 anos. Segundo ela, a medida reforça o compromisso do governo com a valorização do poder de compra dos trabalhadores brasileiros, especialmente os de baixa renda.

“Estamos falando de uma política de valorização do salário mínimo que respeita o trabalhador e ao mesmo tempo é responsável com as contas públicas”, afirmou Tebet.

No entanto, a ministra também alertou sobre o impacto fiscal da medida. Cada real de aumento no salário mínimo representa R$ 420 milhões a mais em despesas públicas, já que diversos benefícios previdenciários e assistenciais são atrelados ao valor do mínimo, como aposentadorias, pensões, abono salarial e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Sustentabilidade fiscal e impacto social

A proposta está inserida no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, ainda em discussão no governo antes de ser enviado ao Congresso Nacional. O aumento do mínimo é visto como uma sinalização política importante, mas também levanta debates sobre o equilíbrio fiscal, em um momento em que o governo busca cumprir metas de responsabilidade com os gastos públicos.

Economistas dividem opiniões: alguns veem a medida como essencial para manter o consumo interno aquecido, enquanto outros alertam para o risco de aumento do déficit público, caso não haja compensações por meio de aumento de receita ou corte em outras áreas.

A proposta de valorização do mínimo segue a política instituída pelo governo Lula, que retomou o reajuste real do salário mínimo com base no crescimento do PIB, política abandonada em governos anteriores.

A definição final do novo valor ainda depende da aprovação do Congresso Nacional, e poderá sofrer alterações até o fim de 2025.

Autor

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui