Um episódio trágico ocorreu no último sábado (13/4), quando Tudor, um boxer de 13 anos, passou mal, deixando sua tutora, a professora Sofia Bethlem, em um estado de aflição inimaginável. O desespero de Sofia começou quando Tudor não conseguiu se levantar, indicando uma emergência veterinária iminente.
Junto com duas amigas, Sofia correu para o Centro Veterinário Vet Star, situado no Paranoá, local que se orgulha de oferecer atendimento 24 horas. No entanto, o que deveria ser um refúgio para a urgência se transformou em uma experiência traumática.
Ao chegar à clínica, Sofia deparou-se com o veterinário Daniel Soares Motta na porta. Suplicando por ajuda, Sofia recebeu uma resposta chocante: "não, meu plantão já acabou. Só estou esperando o outro plantonista para poder ir embora". Ignorando a gravidade da situação, o veterinário teria se recusado a prestar qualquer assistência, fechando a porta da clínica diante do desespero de Sofia.
"Eu fiquei em desespero. Tinha gastado bastante tempo para chegar até lá. Era sábado, 19h. Não tinha outra clínica perto. Acabei indo em outra clínica, em Sobradinho, mas quando cheguei, ele já estava morto. Literalmente, m0rreu no caminho", lamentou Sofia, emocionada.
Apesar das tentativas desesperadas de Sofia, Tudor não resistiu, deixando um vazio profundo no coração de sua tutora. O fato de que o veterinário nem sequer prestou uma avaliação básica ao animal angustia ainda mais Sofia, que esperava desesperadamente por uma intervenção que nunca veio.
A Vet Star, por sua vez, negou veementemente qualquer responsabilidade ou falha no atendimento. Alegando que o veterinário em questão era um freelancer contratado através de um grupo de aplicativo, a direção da clínica tentou se distanciar do ocorrido, afirmando que Sofia teria permanecido apenas cerca de 10 minutos na frente da clínica.
Revoltada com a negligência sofrida por Tudor, Sofia decidiu tomar medidas legais. Registrando um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e planejando uma denúncia ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do DF (CRMV-DF), ela busca justiça para o seu amado companheiro canino.
Este incidente lamentável ressalta não apenas a importância de um atendimento veterinário ágil e compassivo em situações de emergência, mas também levanta questões sobre a responsabilidade e a ética profissional no cuidado aos animais de estimação. Enquanto Sofia luta por justiça para Tudor, a comunidade espera que este caso trágico não seja em vão, mas sim um chamado para uma maior vigilância e prestação de contas no campo da medicina veterinária.
