Lançado em 14 de junho de 2024 pela gestão do então prefeito Vitor Valim (PSB), o programa “Bora Habitar” foi anunciado como a maior iniciativa habitacional da história de Caucaia. O projeto previa a doação de mais de 3 mil lotes de terrenos públicos para famílias de baixa renda, visando reduzir o déficit habitacional e promover o uso social de áreas ociosas do município .

Coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Ambiental (SEPLAM), o programa estabelecia critérios específicos para os beneficiários: famílias sem propriedade imobiliária, não contempladas por outros programas habitacionais e com renda bruta mensal de até três salários mínimos. Além disso, as famílias selecionadas deveriam construir suas residências nos terrenos doados em até cinco anos, sob pena de reversão da posse ao município .

No primeiro mês após o lançamento, o “Bora Habitar” registrou mais de 1.100 inscrições, demonstrando a significativa demanda por moradia na região . As inscrições foram realizadas presencialmente na sede da SEPLAM e, posteriormente, em um novo ponto de atendimento na Secretaria de Patrimônio, visando facilitar o acesso dos interessados .

Contudo, desde o início da nova gestão municipal em 1º de janeiro de 2025, sob o comando do prefeito Naumi Amorim (PSD), o programa parece ter sido deixado de lado. Não há registros públicos de continuidade das inscrições, seleção dos beneficiários ou outras ações relacionadas ao “Bora Habitar”. Essa ausência de informações e de movimentações oficiais tem gerado apreensão entre os inscritos e a população em geral, que veem no programa uma oportunidade concreta de acesso à moradia digna.

A falta de transparência e de comunicação por parte da atual administração levanta questionamentos sobre o futuro do “Bora Habitar”. Moradores e líderes comunitários cobram esclarecimentos e ações efetivas para retomar o programa e atender às famílias que aguardam ansiosamente pela realização do sonho da casa própria.

A incerteza em torno do “Bora Habitar” destaca a importância de políticas públicas consistentes e da continuidade administrativa para garantir o direito à moradia e o bem-estar da população.

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