Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, o prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), afirmou que a saúde pública do município consome cerca de R$ 1,3 milhão por dia. O dado surpreende e levanta questionamentos da população, que convive com uma realidade bem diferente da que o valor parece sugerir.

Apesar do alto investimento anunciado, moradores relatam falta de medicamentos, número insuficiente de médicos, unidades superlotadas e filas intermináveis por exames, que muitas vezes demoram meses para serem realizados — quando são, de fato, realizados.

“Cuidar da saúde da nossa gente é um dos maiores desafios dessa gestão e também uma das maiores responsabilidades”, escreveu o prefeito na legenda do vídeo. Ele ainda afirmou ter se reunido com o secretário de saúde, Moacir Soares, e com os gerentes dos seis distritos de saúde para “acompanhar os resultados e planejar os próximos passos”.

Contudo, os relatos diários nas redes sociais e em grupos de moradores apresentam outra realidade: postos de saúde sem atendimento, emergências lotadas e população recorrendo ao setor privado, quando possível, para ter acesso ao básico.

A disparidade entre o custo divulgado pela gestão municipal e a qualidade percebida dos serviços prestados escancara um problema de eficiência na aplicação dos recursos. A população, por sua vez, cobra mais do que reuniões e planejamentos: quer ver o dinheiro público se traduzindo em atendimento digno e eficaz.

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