Servidores terceirizados que atuam na limpeza das unidades de saúde de Caucaia – incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a Maternidade Santa Teresinha e o Hospital Municipal Dr. Abelardo Gadelha – denunciam atrasos no pagamento de salários e ameaças de demissão caso exponham a situação.
Uma funcionária, que pediu anonimato por medo de represálias, relatou que a categoria vive um cenário de abandono e insegurança, sem receber os vencimentos que garantem o sustento básico de suas famílias.
De acordo com os relatos, o clima entre os profissionais é de indignação e medo. Além do atraso nos pagamentos, alguns funcionários teriam sido advertidos verbalmente para não denunciar a situação sob risco de desligamento imediato.
Apelo ao “prefeito do povo”
Diante do drama enfrentado pelos trabalhadores, o apelo é direcionado ao prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), que se apresenta como o “prefeito do povo”. A revolta aumentou nas últimas semanas, após o gestor viajar ao exterior com a família, enquanto servidores enfrentam dificuldades para colocar comida na mesa.
Silêncio da gestão
Até o momento, a Prefeitura de Caucaia e o prefeito Naumi Amorim não se manifestaram publicamente sobre o caso. O silêncio da gestão municipal tem sido interpretado como descaso por parte dos trabalhadores e gerado cobranças nas redes sociais.
A crise expõe mais uma vez os problemas estruturais da terceirização no serviço público e coloca em xeque a responsabilidade do município na fiscalização dos contratos firmados com empresas prestadoras de serviço.
Os trabalhadores seguem aguardando uma solução urgente. Para eles, não se trata de política, mas de sobrevivência.
Ver essa foto no Instagram