O programa “Bora de Graça”, que completou sete meses sob a gestão do prefeito Naumi Amorim (PSD), enfrenta uma grave crise operacional marcada por atrasos, superlotação e insatisfação crescente dos usuários. Desde a entrada em vigor do decreto de contingenciamento, que reduziu em R$ 1 milhão o orçamento mensal do programa, o transporte público gratuito em Caucaia tem sido alvo constante de críticas da população.

Com a diminuição da frota, a rotina de quem depende dos ônibus passou a ser marcada por longas esperas e veículos lotados, principalmente nos horários de pico. Para agravar ainda mais a situação, a atual gestão determinou o retorno das catracas nos coletivos, o que tem provocado lentidão nos embarques e desembarques e gerado ainda mais atrasos.

Moradores relatam um verdadeiro colapso na mobilidade urbana. “Antes a gente já sofria com os atrasos, agora com a volta das catracas fica tudo mais lento. O ônibus para mais tempo nos pontos e a gente se aperta dentro, sem ventilação. Está cada vez pior”, afirma uma usuária do programa.

Criado com a proposta de garantir transporte público gratuito e acessível, o programa “Bora de Graça” foi inicialmente visto como um avanço social para Caucaia. No entanto, a falta de planejamento para lidar com a queda de repasses e a ausência de medidas eficazes para equilibrar orçamento e oferta têm colocado em xeque a credibilidade da iniciativa.

Mesmo diante das queixas generalizadas, a Prefeitura de Caucaia ainda não apresentou soluções concretas ou um plano de reestruturação do serviço. O desgaste se soma a outros problemas enfrentados pela gestão interina, que tem sido cobrada por melhorias nas áreas de saúde, segurança e infraestrutura.

Enquanto isso, a população segue penalizada por um sistema que deveria facilitar o acesso à cidade, mas que hoje representa mais um obstáculo diário.

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