Moradores de Belo Horizonte foram surpreendidos por uma situação inusitada e preocupante na véspera do feriado do Dia do Trabalhador, no último dia 30. Um carro de som circulava pelas ruas da capital mineira anunciando a venda de atestados médicos por R$ 50, com validade de até três dias.
O anúncio, feito em alto-falantes, chamou a atenção de pedestres e motoristas que passavam pela região. A oferta gerou indignação e levantou suspeitas de fraude, já que a comercialização de atestados médicos falsos é considerada crime no Brasil.
Segundo o Código Penal, quem vende esse tipo de documento pode responder por falsidade ideológica, falsificação de documentos e estelionato. Já quem utiliza atestados falsos pode ser enquadrado no artigo 304, que prevê pena de até cinco anos de prisão, além de multa.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que investiga o caso. Até o momento, não há confirmação sobre a identificação dos responsáveis pelo veículo ou pela produção dos atestados.
O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) também foi acionado e reforçou que a prática configura grave violação ética e criminal, podendo resultar em punições administrativas, além das sanções penais.
O caso reacende o alerta para práticas fraudulentas que colocam em risco não apenas a integridade de instituições públicas e privadas, mas também a credibilidade da atuação médica no país.
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