O Tribunal do Júri de Fortaleza condenou Alef Maciel Lopes a 21 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira, a estudante Bárbara Bessa, de 25 anos. O crime ocorreu em abril de 2023, logo após a vítima sair de uma festa no Centro da capital cearense. Alef não poderá recorrer em liberdade e seguirá preso preventivamente, como está desde janeiro de 2024.
De acordo com o processo, Bárbara havia rompido o relacionamento com o réu uma semana antes do crime. Segundo testemunhas, Alef não aceitava o fim da relação e passou a persegui-la. Na noite do assassinato, ele seguia a jovem a distância, até surpreendê-la e efetuar disparos de arma de fogo que tiraram sua vida enquanto ela caminhava para casa após uma festa.
Bárbara era mãe de três crianças, que atualmente estão sob os cuidados de familiares. Nenhuma das crianças é filha do réu. Parentes relatam que as crianças sentem profundamente a ausência da mãe e que o crime deixou marcas irreparáveis na família.
Durante o julgamento, também foi analisado o caso de Daniel Sousa Lima, acusado de acobertar a fuga de Alef ao esconder o carro usado no crime. No entanto, o júri decidiu por sua absolvição. Daniel respondia ao processo em liberdade.
O caso gerou grande comoção à época e se tornou mais um símbolo da trágica realidade do feminicídio no Brasil, especialmente quando motivado pela recusa em aceitar o fim de relacionamentos. Familiares descreveram o histórico do casal como marcado por brigas e desentendimentos.
A condenação de Alef representa um passo importante na busca por justiça para Bárbara e também reforça a urgência de políticas públicas voltadas à proteção de mulheres em situação de risco.