Enquanto usuários do transporte público gratuito enfrentam longas esperas e ônibus superlotados por conta do corte de R$ 1 milhão no orçamento mensal do programa Bora de Graça, a Prefeitura de Caucaia anunciou, no Diário Oficial desta segunda-feira (21), a destinação de mais de R$ 160 mil apenas para a compra de água mineral por parte de suas secretarias e órgãos da administração pública.

A aquisição ocorre num momento delicado das finanças do município, marcado por medidas de contenção de gastos, o que torna o montante ainda mais controverso. Abaixo, os valores divulgados, distribuídos entre secretarias e autarquias:

  • Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho: R$ 49.875,00

  • Secretaria de Segurança Pública: R$ 28.425,00

  • Secretaria de Trabalho: R$ 8.828,50

  • Administração e Recursos Humanos: R$ 8.902,50

  • Esporte e Juventude: R$ 7.498,00

  • Planejamento Urbano e Ambiental: R$ 7.257,50

  • Secretaria de Finanças e Planejamento: R$ 7.257,50

  • Infraestrutura: R$ 6.882,50

  • Procuradoria Geral: R$ 6.435,00

  • Secretaria de Patrimônio e Transporte: R$ 6.210,00

  • Gabinete do Prefeito: R$ 3.480,00

  • Gabinete da Vice-Prefeita: R$ 2.020,00

  • Instituto de Previdência: R$ 3.002,00

  • Instituto do Meio Ambiente: R$ 947,50

  • Autarquia Municipal de Trânsito: R$ 10.228,10

  • Controladoria Geral: R$ 1.387,00

  • Desenvolvimento Rural: R$ 3.092,50

  • Secretaria de Turismo: R$ 685,60

Apesar de a água mineral ser um item comum em ambientes administrativos, a soma dos gastos levanta questionamentos em um cenário onde áreas essenciais à população, como transporte, saúde e educação, vivem sob a justificativa de restrição orçamentária.

A medida também contrasta com a atual crise vivida pelos usuários do Bora de Graça, programa que eliminou a tarifa do transporte público em Caucaia, mas que sofre com redução da frota, atrasos constantes e superlotação. Para muitos, a prioridade dos recursos públicos deveria refletir de forma mais direta as necessidades básicas da população.

A divulgação desses gastos reforça a importância de maior transparência e debate sobre a real urgência dessas aquisições diante da realidade enfrentada por milhares de caucaenses diariamente.

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