O Capitão Wagner, figura proeminente na política cearense, saiu em defesa do vice-prefeito Deuzinho Filho, de Caucaia, que recentemente foi vítima de fake news. Em declarações, Wagner denunciou o início precoce de táticas desleais, afirmando que, embora a campanha não tenha começado oficialmente, o jogo sujo já está em curso. Pelo menos dois pré-candidatos do grupo político de Wagner foram alvos de ataques virtuais.

Em uma conversa exclusiva com nossa equipe, o vice-prefeito Deuzinho Filho expressou sua indignação e afirmou que a situação será encaminhada à Polícia Federal. A intenção é que a PF apure a origem do número responsável pela disseminação da fake news.

A vítima, Deuzinho Filho, foi alvo de uma técnica avançada de manipulação de mídia conhecida como deepfake, em que um vídeo falso, com sua voz fraudada, foi produzido por meio de inteligência artificial.

A atmosfera política em Caucaia se torna cada vez mais tensa à medida que diferentes grupos entram na disputa pelo município, que se destaca como a segunda maior cidade em número de eleitores. Essa posição estratégica a torna crucial para a política estadual, alimentando uma acirrada disputa municipal entre diversos grupos políticos de diferentes correntes ideológicas.

O alerta de Capitão Wagner destaca não apenas a preocupação com a reputação dos membros de seu grupo político, mas também ressalta a importância de manter um debate eleitoral limpo e ético, priorizando propostas e ideias para o progresso de Caucaia. O cenário político na cidade promete ser um campo de batalha intenso, onde a busca por uma administração eficaz será confrontada pela necessidade de combater práticas difamatórias na era digital.

O que é uma Deepfake?

Uma "deepfake" é uma forma avançada de manipulação de mídia que utiliza técnicas de inteligência artificial, em especial aprendizado profundo (deep learning), para criar conteúdo visual ou auditivo falso e realista. O termo "deepfake" deriva de "deep learning" e "fake" (falso).

Geralmente, as deepfakes envolvem a substituição ou superposição de rostos em vídeos existentes, permitindo a criação de cenas convincentes de pessoas fazendo ou dizendo coisas que nunca aconteceram. Essa tecnologia também pode ser aplicada a áudio, permitindo a criação de falsas gravações de vozes.

O potencial de deepfakes levanta preocupações éticas e de segurança, pois podem ser usados para difamar pessoas, criar notícias falsas, espalhar desinformação ou manipular a opinião pública. À medida que essa tecnologia se desenvolve, torna-se importante desenvolver métodos eficazes de detecção de deepfakes e regulamentações para mitigar seu uso indevido.