Na celebração do Carnaval na Marquês de Sapucaí, a Escola de Samba ACADÊMICOS DO VIGÁRIO GERAL trouxe à luz a história de Maracanaú com o enredo "Maracanaú: dos Pitaguarys ao Maior São João do Planeta". O desfile destacou a cidade como um importante polo industrial e ressaltou a grandiosidade do São João de Maracanaú, embora ainda não alcance a tradição de Campina Grande e Mossoró Cidade Junina.
Este feito ocorre em um ano eleitoral, levantando questionamentos sobre o investimento municipal na escola de samba carioca. De acordo com a revista Ceará, o município teria repassado R$ 650 mil à escola, destinados à divulgação do São João de Maracanaú. A matéria ressalta a população local, estimada entre 265 mil e 275 mil habitantes, e levanta dúvidas sobre a alocação de recursos para uma escola de samba do Rio de Janeiro.
O deputado Julhinho do PT teria criticado o repasse, argumentando que os recursos deveriam ser priorizados para benefícios diretos ao município. A matéria da revista Ceará também destaca a falta de investimento nas quadrilhas juninas locais. Grupos culturais, que deveriam ser o centro das festividades juninas, lamentavelmente não recebem apoio adequado dos municípios ou do estado para custear cenários, figurinos, transporte, músicos, entre outros.
A discussão levanta questões sobre o merecido investimento na cultura local. Seria justo que as tradições e grupos culturais regionais recebessem a mesma atenção e apoio financeiro que foram destinados à escola de samba carioca? Esta é uma reflexão essencial sobre o papel e a valorização da cultura local nas políticas públicas de fomento cultural.
