Criado para ser uma referência nacional, o programa Bora de Graça — considerado o maior programa de transporte público gratuito do Brasil — vive hoje uma crise que tem afetado diretamente a vida da população de Caucaia e desgastado politicamente a atual gestão municipal.

Desde a mudança de governo, o programa passou por cortes orçamentários que resultaram na redução da frota de ônibus em circulação. A consequência direta dessa medida é sentida diariamente por quem depende do serviço: ônibus lotados, longos tempos de espera e a precarização geral do transporte coletivo.

A população, especialmente nas periferias, tem relatado insatisfação crescente com as condições do transporte. O que antes era visto como um símbolo de progresso e inclusão social, agora se tornou sinônimo de sofrimento e frustração.

No campo político, o impacto também é forte. O atual prefeito Naumi Amorim, que havia prometido em campanha ampliar o Bora de Graça para o transporte alternativo, não apenas deixou de cumprir essa promessa como também foi responsável por um dos períodos de retração do programa. A expectativa gerada durante a campanha deu lugar à realidade de cortes e abandono, gerando críticas tanto de adversários quanto da população.

A crise no Bora de Graça escancara o descaso com a mobilidade urbana em Caucaia e levanta um alerta: políticas públicas eficazes não sobrevivem apenas de marketing ou promessas de palanque. Precisam de gestão, compromisso e responsabilidade.

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