Na tarde desta segunda-feira (3), professores, servidores e alunos da rede estadual do Paraná protagonizaram um protesto intenso em Curitiba, invadindo a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O grupo se mobilizou contra o projeto de lei que propõe a terceirização da gestão administrativa de 200 colégios públicos.
Imagens do incidente mostram os manifestantes forçando a entrada no prédio, cujas portas estavam fechadas, enquanto os seguranças tentavam impedir a invasão. A situação escalou quando uma porta de vidro foi quebrada, permitindo a entrada dos manifestantes que se dirigiram às galerias da Assembleia. Em resposta, bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas, resultando em três pessoas feridas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos sofreram ferimentos leves e foram encaminhados ao Hospital Cajuru. Outra mulher, de 51 anos, teve ferimentos graves, sem risco de morte, e foi levada ao Hospital Evangélico.
Os manifestantes iniciaram a mobilização pela manhã, concentrando-se na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, antes de marchar até a Alep, onde o projeto seria discutido em plenário pelos deputados estaduais. A tramitação do projeto ocorre em regime de urgência.
Após a invasão, o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano (PSD), suspendeu temporariamente a sessão. Durante a interrupção, os manifestantes gritavam palavras de ordem e chamavam Traiano de ladrão. A marcha entre a Praça Santos Andrade e a Alep marcou o início da greve da categoria, aprovada no dia 25 de maio por tempo indeterminado.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que as aulas continuam em andamento em mais de 87% da rede estadual.