Durante a sessão plenária desta terça-feira (7), o vereador Anderson Arruda (PSD) utilizou um requerimento verbal para homenagear o prefeito Naumi Amorim (PSD), em alusão ao Dia do Prefeito, comemorado na segunda-feira (6).

Em sua fala, o parlamentar demonstrou entusiasmo e admiração pelo gestor municipal:

“Meu requerimento verbal vai para parabenizar meu amado prefeito. Ele merece é um cheiro, um abraço, ele merece tudo de bom”, afirmou.

Logo em seguida, concluiu:

“Sou babão mesmo.”

O momento, embora tenha arrancado risos no plenário, acabou chamando atenção pelo uso do requerimento verbal, instrumento normalmente destinado a solicitações de interesse público, como pedidos de melhorias para bairros, comunidades ou serviços essenciais.

Diante de tantas demandas urgentes em Caucaia — como ruas sem calçamento, transporte deficiente, escolas ainda em reforma e postos de saúde com carências —, será que o espaço de fala de um vereador deveria ser usado para homenagens pessoais?

A questão não é censurar o gesto, mas refletir sobre prioridades e representatividade. O requerimento verbal é um instrumento importante de ação parlamentar, capaz de levar benefícios diretos à população. Usá-lo apenas para exaltar o prefeito pode dar a impressão de desvio de foco, especialmente em um momento em que muitos cidadãos esperam atitudes mais firmes do Legislativo em defesa da cidade.

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