Os médicos que prestam serviços nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de diversos bairros de Fortaleza decidiram retomar a paralisação das atividades a partir das 20 horas deste domingo, 14 de abril. A decisão foi tomada em uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada no último sábado (13), em conjunto com representantes do Sindicato dos Médicos do Ceará.
As unidades afetadas pela paralisação são as localizadas nos bairros Vila Velha, Bom Jardim, Cristo Redentor, Jangurussu, Edson Queiroz e Itaperi, que são administradas pelas empresas Viva Rio e Instituto IDEAS.
Durante a paralisação, apenas os atendimentos de pulseiras laranjas e vermelhas no eixo adulto, e pulseiras laranjas, vermelhas e avaliação de amarelas no eixo infantil serão mantidos.
Esta é a segunda vez que os médicos decidem pela paralisação devido às condições de trabalho impostas pelas empresas e não atendidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS). As melhorias prometidas após a paralisação anterior, em março, não foram implementadas, levando os profissionais a retomarem a mobilização.
Entre as principais reivindicações não atendidas estão questões relacionadas à segurança, alimentação e contratos de trabalho. Os médicos denunciaram a falta de segurança institucional e uniformizada, resultando em vários incidentes, alguns dos quais exigiram registro de Boletim de Ocorrência.
Além disso, a qualidade e adequação das refeições fornecidas aos profissionais foram criticadas, com relatos de alimentos inadequados e de qualidade inferior, sem considerar o valor nutricional necessário para a jornada de trabalho desses profissionais.
No que diz respeito aos contratos de trabalho, os médicos afirmam que as empresas continuam oferecendo o modelo de Pessoa Jurídica (PJ) de serviço, em vez do modelo PJ individual, como havia sido acordado.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reforça seu apoio à categoria e ressalta que continuará em negociações com as autoridades competentes até que as demandas dos profissionais sejam atendidas e condições de trabalho dignas sejam garantidas.
Para mais informações, o sindicato permanece à disposição da imprensa e da comunidade médica em geral.
